domingo, 28 de novembro de 2010

Sábado

Ontem saí cansada do espetáculo ABAJUR LILÁS. Quem quiser ainda assistir, voltamos em Dezembro, dias 10 e 11 com dois horários por dia, 17 e 20h, na Sala 5 da Escola de Teatro.
Mas, enfim. Como terei uma semana de folga até Dezembro aceitei um convite de 4 amigas para sair. Menino, que noite maluca. Não vou dizer por onde passei, mas foi um saco. Não pelas meninas, mas as festas estavam muito sem sal.
Pensei: devo estar ficando velha. Depois pensei: não, é muito cedo para isso. Conclui: é a tal da velhice precoce que minha prima dizia que eu tinha quando passava o Domingo ouvindo Trio Irakitan aos 13 anos. É, é isso.
As festas de Salvador hoje, tem um público muito segmentado. Você não encontra gente misturada em lugar nenhum. Cada local tem seu estilo, sua "vibe", como dizem. Aí essa madrugada foi dose. Eu saí de uma festa cult, termo largamente usado no universo das artes, principalmente por artistas pseudo-intelectuais, ainda que esse tipo de festa me agrade muito, de verdade, e eu frequente bastante. Depois fui para uma festa roots, a galera meio reggae, meio hip hop, uma loucura, o povo se divertia de verdade, lindo. Foi uma mudança, eu diria, vodkca, proseco, chopp, cigarros, roupas xadrez e óculos de aro grosso para cerveja, luz azul, tranças, bonés, tênis adidas skate, cigarros e camisa larga.
Bom, ontem foi um dia atípico se eu não estou ficando velha. Dancei na primeira festa, cansei de um maracatu que ficou martelando meu juízo quase uma hora de relógio. O DJ persistiu tanto que sentei. Na segunda, eu cheguei, dancei, dancei, não resisti sentei e não precisei contar carneirinhos para chamar sono nenhum. O sono me possuiu. Uma das meninas:
- Você vai dormir aqui?
- Claro... Bem feliz.
Peguei uma cadeira, coloquei num cantinho. Dormi. Bem feliz.

Eu não sei aonde foi parar o meu ânimo. Mas Deus deve saber.



Ah, sim, o cartaz da peça, para divulgar.


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