sexta-feira, 1 de outubro de 2010

E O POP NÃO POUPA NINGUÉM

Engenheiros do Hawaií gravou que o papa é pop e que o pop não poupa ninguém. E mesmo que muitos não curtam Engenheiros, eles estavam certos. Não poupa nem o papa, muito menos o Lula.
E não é que ser pop seja uma coisa extremamente ruim: ganha-se bem mais de 15 minutos de fama, milhões de seguidores no twitter - indispensável -, entre outras regalias importantíssimas para qualquer cidadão que se preze. E moderno, diga-se de passagem.
A mesma coisa que acontece hoje com o Lula, aconteceu com o Obama em época de eleição quando ganhou, embora o nome de Obama não seja tão agradável aos americanos como é o de Lula para nós. E nem sabemos o por quê. Lula, um molusco ou o apelido de um sobrinho de um amigo meu, sei lá. E olhe que falo do momento da primeira eleição do Lula e do Obama, que mesmo com esse nome "destruidor", já é pop, até porquê as reações populares foram muito parecidas, classes e etnias diferentes tomam o poder, embora Democratas represente lá o que não representa aqui. Uma "nova era", pelo menos até a crise chegar era assim que os Estados Unidos viam o Obama. Já fazem até camiseta com a cara do Obama.
Mas, vamos ao que interessa, como diz minha adorada mãe, não existe mais esquerda, nem direita, embora Serra se diga de nova esquerda e queira ser chamado de Zé. Tentando ser não um molusco - seu nome não lembra mesmo nenhum - , nada próximo de um Lula, que deve ser o seu exemplo para tentar certa popularidade, mas talvez tentando ser o pai do sobrinho de um amigo meu. Mas, Serra, de qualquer forma já não é mais o caso, amigo. Desista.
Como exemplo disso são as eleições aqui na Bahia. Você tem o Geddel, o homem sério do cenário nacional, pousando bochechudo ao lado da Dilma do PT (quem diria...) e ao lado do Lula, claro. Afinal, hoje esse negócio de partido é balela. Para quê aliados, não é mesmo?! O importante mesmo, meu amigo, você que quer ser eleito ainda nessa eleição, é ser apoiado pelo Lula. Vai por mim, é aí que mora a maior fatia da credibilidade com bastante cobertura e recheio, mesmo que esse apoio tenha ocorrido num comício quando você se candidatou a Deputato Estadual, Federal. Se você gravou o grito dele no seu comício te elogiando, rapaz, maravilha! Tem foto com ele sorrindo? Melhor ainda! Lula falou bem, 'tá valendo.
Aí fica aquela maravilha que está Salvador, agora. Lula, depois da presidência, por questões de ética, obviamente, disse não ter mais partido, e por isso você vê quando pega o ônibus, o Geddel com o Lula e a Dilma no outdoor, o Wagner, que seria o mais óbvio e, pasmem, Paulo Souto. Calma, este não tem outdoor com foto do Lula, mas chegou a mencionar ter trabalhado fervorosamente com Lula nos últimos anos, colaborando para o progresso do país e da Bahia, claro. ACM não morreu. É o cúmulo do oportunismo.
Deve ser por isso que Serra quer ser chamado de Zé. Lula é um nome bonitinho. Como ele não recorreu a contar sua trajetória de vida - e só agora ele faz isso, mas não pega mais -, uma história sofrida pra ser receita de eleição, vai no apelido mesmo, do jeito que Lula é pop e quase ninguém o chama de Luís, Zé vai ser fácil, fácil. Será, Serra?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

SOBRE O ELEIÇÕES 2010

Sei que fiz propaganda, quer dizer, propaganda, não. Para falar de eleição algumas palavras devem ser repensadas, medidas. Daqui a pouco vão dizer que eu apoiei não sei quem, que nem o político fez com o CQC da Band.
Enfim, eu falei que iria fazer posts específicos para o canal ELEIÇÕES 2010 , mas estou mais espremida que sardinha em lata de atum. Se eu fosse polítca estava frita com vocês. Mas o fato é que hoje, quando eu chegar em casa, e isso significa ser lá para as 22:00 h da noite, sentarei o traseiro frente à esse pc para fazer as devidas promessas. Afinal de contas, de mal exemplo o congresso 'tá cheio.

Vejo vocês mais tarde!

Ps.: Tive de colocar uma cor meio roxa no link. Coloquei vermelho, mas aí vão dizer que estou com a Dilma, depois verde, vão dizer que estou com Serra ou Marina. O roxo foi a solução. Tem algum partido roxo? Me avisem, que eu não estou com ninguém!

domingo, 26 de setembro de 2010

[Da casa das crônicas] Ela disse adeus

Ela dissesse o que quisesse. Não adiantava mais. Ele estava decidido. Viajaria nas férias para Costa do Sauípe na Bahia e se ela recussasse ir junto que ficasse em casa. Nada mais justo.
Chorando copiosamente como a "ursupadora" ou a Maria do Bairro do Luis Fernando, implorava para que ele não fosse, que passassem as férias juntos, já que era inverno e para o frio era mesmo mais propício uma lareira que praia.
Haviam brigado há duas semanas. Ela achara em seu paletó, não uma marca de batom, mas um perfume esquisito. De outra mulher, obviamente. Depois de terem discutido, acordado toda a vizinhança com xingamentos e panelas, alá protestos argentinos, tomando toda a avenida e ele ter negado tudo, claro, pôs-se ela a deixar para lá de forma muito estranha e abrupta. Nos dias que se seguiram fez comidinhas exóticas, sobremesas engordativas. Não preciso nem dizer que ele gostou, apesar de ser a coisa mais incomum depois de 15 anos de casamento.
Eis que chegam as férias e viajar ou não viajar, mas ficarem juntos, poderia significar o reacender da chama da paixão como dizem por aí. Mas não, ele foi, ela ficou. Tranquila e com ar de conformidade, fez limpeza de pele, drenagem linfática, foi à academia, assistiu comédias românticas, foi a uma boate. Atendeu a porta, recebeu outro homem, realizou um grande sonho: fez sua primeira streep-tease. Realizou todas as suas mais loucas fantasias. Fez as malas enquanto o rapaz tomava banho, pegou tudo de mais importante: a coleção de cds do Martinho da Vila, a preferida de seu marido, bem como o baralho utilizado para suas jogadas de pocker, deu de presente ao rapaz a chave de casa e foi embora.