sexta-feira, 24 de junho de 2011

Êta, São João bão, sô!

O tempo em Salvador está uma loucura, mas o sol está quase suportável, quase fritando. Gosto de inverno rigoroso, daqueles de bater os dentes e fazer chocolate quente no final da tarde!
Meu São João não poderia ser melhor...  Em casa, sem festa, sem animação e muita comida! (Isto é uma ironia...) Quilos a mais, pança dizendo oi antes de você (uma atrevida!) e aquela vontade de estar num interiorzão bem típico, sem essas ondas de forró eletrônico que tiram todo o charme da festa mais família que eu conheço. Mas a coisa está tão braba que todas as cidades do interior tem algo do tipo "avião forrozeiro".
São João é mais família que Natal, como dizem, o São João é o Natal do nordestino. É o tempo em que as pessoas viajam para ver suas famílias no interiore acabam levando amigos da capital junto. É tempo de sentar na porta de casa e ajudar a preparar os quitutes, "descapucar" o milho e fazer aquela canjica. Tempo em que todo mundo vira cantor de forró e contador de piada. E que todo mundo fica bêbado junto e vira criança de uma vez. Natal? Balela comercial...
Hoje eu estou aqui, animada, pois a tristeza, como eu disse ontem, não tem mais lugar por aqui. Vou colocar minha roupa junina e ir pro Pelô dançar um forró com meu irmão. Provavelmente, encontrar alguns conhecidos. Mas, antes disso, voltar a ser criança e usar uns fogos estocados do São João passado. Não há nada mais juvenil que escrever o nome com uma chuvinha, ou sair jogando track de massa no chão como se fosse a coisa mais legal que existe no mundo.
P'ra esquentar o clima, nada melhor que Gonzagão, que mesmo morto, continua aquecendo as fogueiras dos nossos corações! Viva São João! Viva! Olha a chuva! É mentira! (Hoje é mentira mesmo, tá um sol de lascar).