sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ainda sobre o post anterior

Lembrei e vim correndo digitar: eu costuro também. Desenho antes, costuro depois. Mas eu não sou costureira, quer dizer, não costuro p'ra fora, só p'ra mim =) . Se você me encontrar na rua, a roupa que eu estiver usando fui eu quem fiz, sempre. Mas essa história é longa e eu conto assim que eu chegar. Prometo.

Decida: o que você é?

Uma coisa que não acontecia há algum tempo se repetiu ontem à minha pessoa. Vieram me perguntar o que eu sou. Esta pergunta, apesar de ser fácil de responder, ainda é difícil para que as pessoas entendam. O que eu posso fazer? Continuar, ué...
Sempre desenhei. Encontrei um desenho aqui de quando eu tinha 4 anos. Bem elaborado para uma criança de 4 anos. Eu já sabia que trabalharia com arte, não tive muitas dúvidas no ano do meu vestibular. Passei em Artes Visuais e, amém, mesmo sem dinheiro, sou artista plástica. E gosto. Até demais. Aos 11 anos comecei a fazer teatro - antes dos 11, fazia teatro de bonecos para minha mãe -, continuei. Faço teatro até hoje, já me apresentei várias vezes. E sim, eu sou atriz. E gosto. Até demais.
E aí tem uma ruma de coisas que eu gosto e descobri que sempre gostei de fazer. Eu escrevo muito, leio demais, e sempre foi assim. Desde de pequenininha. Mamãe e papai sempre me deram livros e virou paixão ler e escrever, mas eu não sou escritora, eu gosto de escrever. E se aparece um trabalho que eu possa fazer, por quê não?
Com o hábito de escrever, comecei a compor. Também são só melodias, não entendo nada, nada mesmo do instrumental. Adoraria. Componho desde os 8 anos e minhas músicas, no início religiosas, eram cantadas por meus amigos e familiares. Esta aí um caminho bom, que quero continuar também, p'ra ver no que dá. Hoje já tenho mais de 20. E são segredinhos meus. A coisa que eu mais escondo. Escrevendo músicas, preciso cantá-las, ok? Pois bem, compondo desde os 8 e vivendo com uma família formada orgulhosamente por pedreiros, pescadores e músicos, sempre acontecia uma festinha e eu cantava também, por quê não? No teatro, cantei muito também. Ontem, a moça da biblioteca da EBA (Escola de Belas Artes) me encontrou no Bompreço-mautempodeespera, e lembrou da última vez que cantei na EBA. Falou para um rapaz: "essa é a moça do canto bonito". Que bom... Não paguei mico.
Bom, o que eu tenho a dizer a você que se preocupa com isso, é que não perca seu tempo. Eu gosto de tudo que eu me proponho a fazer, se eu não fizer é porque não gosto. As vezes a gente se obriga, mas essas coisas geralmente são mais técnicas do que artísticas. Quando me perguntam eu digo: "Veja bem, eu sou artista plástica e atriz". Mas eu não me tolho, quando a música vem, eu faço, quando quero cantar eu canto, escrever então, nem se fala. Não 'matanu', nem 'robanu', 'tá 'mara'. Aos treze anos eu quis tanto ser DJ... Tinha até pseudônimo: "DJ Dhoca" =) Mas como não sabia o que fazer para ser, esqueci. Quem sabe um dia eu brinque um pouquinho. Não se tolha, não, menino...
Estou resistindo a falar do carnaval, mas eu volto. Volto sim.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Seu papel higiênico é chique? O meu não.

Eu falaria do carnaval, mas é que tem assuntos que se não são comentados de imediato, perco o senso do bom humor e falo deles tão seriamente que não tem a menor graça e ainda fico velha cedo. E essas coisas são geralmente daquelas que não entendo, e olha que eu faço um esforço significativamente grande. Com tantas coisas p'ra fazer, Tico e Teco andam até fazendo hora extra.

Comentaram comigo esses dias sobre as novas linhas de papel higiênico. Não vou nem começar com o discurso moralista de que esse assunto não é "coisa de menina", que é indiscreto. Afinal de contas, todo mundo, inclusive as mulheres com todo problema intestinal a que passam, graças a Deus, vão ao banheiro. Na escola, por exemplo, falar de fezes, excrementos, causava no máximo rostos rosados ou escondidos e risinhos amarelos. Pois bem, tudo isso agora é de extrema importância: a saúde do seu ânus.

Antes do papel higiênico a água fazia o papel... do papel. Hoje, para a surpresa da minha existência intelectual, criaram linhas exclusivas de papel higiênico que garantem muito mais que ursinhos e borboletas estampadas, aromas suaves de lavanda e alfazema. Creiam que depois do Alfredo e seu produto leve e macio, seu ânus pode receber, além da carícia, vitaminas A, B, C, E e outros compostos. Minha avó usou papel higiênico a vida toda(não, ela não morreu, é só modo de falar) e nunca precisou de vitaminas no bumbum, eu até hoje nunca tive problemas com um papel comum.

Ai eu paro, levo um papo com Tico e Teco, felizes com o pagamento de hora extra, e eles não me dizem nada, ficam mudos. Sinceramente, o mercado não me convence mais. Isso tortura toda a minha fé no mundo. E ainda tem gente que me garante que não pode ficar sem as vitaminas e que é chique. É... vai que eles ficam doentes, 'né? Eu fico doente é com o dinheiro que vai embora todo mês com um papel desses. Viagem de férias é bem melhor.