Pois bem, como diz o título, minha mãe queimou a mão. Não ficou a salvo do ferro de passar roupas, e não foi por falta de aviso. Ontem eu cortei o dedo e foi pelo mesmo motivo. Não jogaram "macumba", - como dizem - nada disso. Foi falta de concentração e muita pressa.
Esses dias eu comentei com minha mãe sobre minha teoria a respeito do ditado "a pressa é inimiga da perfeição". Concordei, em parte, com o ditado, fazendo uma breve mudança. Como para mim, mesmo com calma, tudo tem a possibilidade de dar errado, acho mais cabível de que a pressa é inimiga da concentração. Afinal de contas, você pode trabalhar rápido e concentrado, o que não siginifica estar com pressa. E trabalhar com calma e sem concentração, o que não significa que vai dar certo. Pressa e rapidez são coisas diferentes. Rapidez é ritmo, pressa é confusão e medo.
Não dá pra se concentrar quando se tem pressa. A única coisa que se deseja é ter dez braços e conseguir fazer coisas com os pés e os cílios, se for possível, simultaneamente. E aí é que começa a loucura. Mamãe quando está com pressa fica nessa dos dez braços e sempre acontece o resultado dessa inimizade entre pressa e concentração. Disse a ela, que agindo com pressa, ela não pode se concentrar, acaba sempre acontecendo um bando de coisas inusitadas no caminho e ela terá de voltar para colocar tudo lugar. Leva mais tempo do que se tudo fosse feito com calma e concentração.
Esta manhã ela, com pressa, sentiu que uma camiseta não havia secado bem ao sol e resolveu passá-la com o ferro à MÃO. É... quem tem pressa tem dessas coisas. E no seu ato de irreverência, "chapou" a palma da mão no ferro. Estava pensando e falando de outras coisas, não estava concentrada, muito menos calma. Preocupada, corri para dar-lhe compressas de gelo, e ela, que queria sair em trinta minutos, saiu em uma hora, isso se eu estiver sendo muito bondosa.
Esta manhã ela, com pressa, sentiu que uma camiseta não havia secado bem ao sol e resolveu passá-la com o ferro à MÃO. É... quem tem pressa tem dessas coisas. E no seu ato de irreverência, "chapou" a palma da mão no ferro. Estava pensando e falando de outras coisas, não estava concentrada, muito menos calma. Preocupada, corri para dar-lhe compressas de gelo, e ela, que queria sair em trinta minutos, saiu em uma hora, isso se eu estiver sendo muito bondosa.
Com a compressa de gelo na mão, ela começou a rir e me chamou dizendo que eu havia falado com ela há poucos dias sobre meu desdobramento em torno do ditado. Ria e lamentava, ria e lamentava. Ria, lamentava, esbravejava. Prontamente mostrei-lhe o corte de meu dedo, que ocorreu ontem, quando eu estava com pressa para sair. Rimos juntas quando disse que meu discurso nunca poderia livrar-me do sistema. Estávamos juntas na dor e na pressa. Já combinamos que agora tentaremos um yoga, pilates, meditação. Quem sabe resolve... Só não podemos nos atrasar. Eita...